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A saudade ou o alívio

Vivam suas vidas com retidão de caráter, respeito às leis vigentes, dedicação e afeto aos que lhe couberam como grupo familiar ou amigos de caminho.

Não ajam de modo a que ao para cá retornarem verificar que não deixaram saudades, apenas alívio para os que ficaram.

Isto acontece com muito mais frequência do que possam supor, pois quando estão encarnados não percebem até que ponto estão agindo em desacordo com os compromisso, previamente assumidos, em relação àqueles que aceitaram compartilhar seu viver.

Logicamente que nunca existe apenas alívio com suas ausências, mas ocorre que os aliviados, muitas vezes, são em maior número que os saudosos.

Quando participamos do delicado momento em que são desligados da matéria já constatamos, entre os que se apresentam com ar entristecido, alguns que internamente sentem-se libertos daquela convivência, fosse ela permanente ou ocasional.

Não estamos nos referindo aos que tomaram rumos diversos, na caminhada prevista, envolvendo-se em atitudes e vícios que são condenados pela sociedade.

Estes, muitas vezes, deixam entre os que ficaram um sentimento de resignação, visto sua passagem à espiritualidade representar tão somente a consequência das opções feitas, mesmo tendo sido compreendidos e apoiados.

Nosso foco está naqueles que, mesmo sabendo que os resultados de seu modo de ser e fazer, serão sempre sua responsabilidade, não lhes dão a devida importância e se tornam relapsos com aqueles com quem estão comprometidos não só como encarnados, mas, também, com os Seres espirituais com quem receberam a oportunidade de se esclarecer e/ou trabalhar mediunicamente.

Um dos momentos mais sofridos, para os retornantes à Casa Paterna, é quando constatam que, aquela pessoa por quem tanto nutriam afeto não está demonstrando tristeza, e sim, sentindo-se liberta, como se o sentimento que os aproximava fosse unilateral.

São as verdades dos relacionamentos humanos mostradas em sua crueza, sem as dissimulações que, seja por interesse ou dificuldade em ser autêntico, recobrem os reais pensamentos, emoções e sentimentos de cada um.

Tenham sempre presente que a vida de cada um é exatamente isto, “a vida de cada um”, e somente por ela receberão os méritos ou deméritos.

Sendo assim, voltamos a enfatizar, vivam do melhor modo que possam, não desconsiderando nada do que lhes acontece e, muito menos, àqueles que cruzarem seus caminhos.

Nossa proposta é dar-lhes indicativos para que tenham um retorno ameno e tranquilo.

Angelino

Recebida pela Magali em 17/02/2014

Revisão: Clovis