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Energias Densas

Silenciosamente foram chegando, uns apoiados nos outros, sem pressa, numa aproximação compatível com as condições que apresentavam.

As pessoas entravam e eles no meio delas, formando um grande grupo, onde não se conseguia perceber quais eram os Seres materiais e os imateriais.

Nos grupamentos de trabalho os tarefeiros se preparavam para iniciar seu proceder de doação e acolhida.

Enquanto isto ocorria, os Seres com maior necessidade iam se infiltrando e ocupando um espaço energético que tornava o ar quase irrespirável. De pronto uma das médiuns resolveu abrir uma janela para que ventilação ocorresse, pois segundo ela o ar estava abafado.

Nós que ali já estávamos para dar nossa contribuição nas tarefas a serem executadas, observamos a movimentação tanto de uns quanto de outros e nos surpreendemos ao constatar que os médiuns não sentiam a presença dos Seres em sofrimento e faziam suas orações iniciais como de costume, não fazendo nenhum apelo por Seres espirituais que ali já estivessem aguardando a oportunidade de serem atendidos.

Não tínhamos, mesmo contando com o apoio dos demais encarregados da tarefa daquele grupamento, como atender aos Seres invisíveis aos olhos humanos.

Buscando uma forma de auxiliar, unimo-nos em mentalizações energéticas direcionadas ao responsável pela tarefa, na tentativa de intuí-lo quanto ao que estava ocorrendo.

Como resposta o mesmo comentou que a energia estava estranha e que o melhor era darem início aos atendimentos, pois assim estas energias iriam sendo drenadas.

Grande engano. Ao não dar a devida importância ao que tentamos alertá-lo e que nomeou como energia estranha, contaminou os atendimentos dos que na matéria física se apresentaram com suas fragilidades e sofrimentos.

Vimos, então, os materializados serem atendidos e os Seres que os acompanhavam serem recebidos e agregados a eles os outros que haviam chegado primeiramente e aguardavam sua oportunidade de comunicação.

O resultado foi que algumas das manifestações não se fizeram claras, não possibilitaram ao manifestante um encaminhamento condizente com sua situação, pois se a dificuldade de um Ser era a raiva, o desejo de vingança, a do agregado a ele, era o medo de permanecer na penumbra energética onde se encontrava e na qual outros Seres o assediavam sem piedade.

O mais danoso foi a mescla de energias que envolveu o tarefeiro, provocando desgaste desnecessário, uma vez que servir de canal a um único Ser já é tarefa que exige atenção, equilíbrio e prestatividade.

Estamos a alertá-los para que fiquem atentos quando sentirem que as energias não estão serenas, que há alguma densidade envolvendo o ambiente e quando tal acontecer, antes de iniciarem suas tarefas busquem higienizar o ambiente, esclarecendo aos Seres que possam estar ali em aguardo de acolhida que a mesma se fará no momento oportuno.

Não esqueçam que não importa a forma como os Seres espirituais chegam a esta Casa, interessa tão somente o modo como são recebidos e todos indistintamente merecem consideração e cuidado.

Um tarefeiro

Recebida pela Magali em 23/05/2011

Revisão: Clovis