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Sim e não

Você sempre ouviu que precisava aprender a dizer não, a não se deixar levar pela vontade do outro, a não aceitar o que não lhe parecesse saudável e adequado a seu viver, entretanto, queremos lhe perguntar se foi instruído, também, a dizer sim.

Tão importante quanto o não é o sim que se faz necessário pronunciar para que os desafios sejam aceitos, as boas ideias acolhidas, os convites avaliados e possa dizer que efetivamente está vivendo, neste plano existencial onde todo momento surgem novas chances de se fazer alegre, gratificado e, com tal condição, cada vez mais capacitado a dar ao outro o seu melhor.

Avalie quantas vezes você diz não por medo do desconhecido, por receio de não saber como se comportar, por temor de não entender o que estiverem a falar.

As oportunidades surgem de todo lado e você só privilegia o não, não sei, não posso, não vou, não dá, não consigo.

Com a negativa constante, você vai deixando a vida seguir sem sua participação efetiva, sem sua colaboração para que um encontro seja mais alegre, um evento cultural mais rico e sem que conheçam seu lado mais descontraído, sem que tenham acesso a sua criança interior.

Constatamos o quanto para alguns é difícil dizer não, são os que possuem um conceito inadequado de si mesmos, que não se valorizam pelo que são considerando apenas o que têm e este é pouco; que precisam continuamente agradar a todos, imaginando que aceitando tudo que vêm de fora serão amados e aceitos.

Por outro lado verificamos, também, o quanto para estes mesmo é difícil dizer sim, pois isto significaria desafiar seus conceitos enraizados ao longo do tempo, representaria abandonar o conhecido e acolher o que não lhes é habitual; seria romper regras, as quais na maioria das vezes lhes foram impostas como limitadoras, inclusive, de suas capacidades criativas.

Estamos a lhes propor, então, que façam o exercício do SIM.

Quebrem regras obsoletas, desamarrem a seriedade de seu cotidiano, se abram para a vida como se apresenta, com o devido cuidado, porém, sem proteções exageradas, acreditando que só existe maldade entre seus iguais, pois podemos garantir, não é isto que acontece.

Espelhem-se nas crianças, observem a alegria espontânea com que se dedicam a brincar, a interagir com as outras, sem medo de experimentar, provar, tocar, descobrindo-se através da descoberta do outro.

Perguntem-se onde esconderam suas crianças, onde as deixaram de castigo para que não possam se apresentar através de seus sisudos adultos e participar de tudo que é descoberta, ternura e alegria que a existência humana tem a seu dispor.

Nós lhes trazemos nosso apoio, proteção e estímulo para que se façam mais felizes dizendo SIM, SIM e SIM à vida.

Anabando

Recebida pela Magali em 09/06/2011

Revisão: Clovis