O topo
Todos querem alcançar o topo da montanha do saber maior, do conhecimento mais amplo, da experiência mais significativa, querem se habilitar a uma posição de superioridade frente aos que estão engatinhando na busca de conhecimento, aos que não batalham com tanto afinco quanto eles; aos que não se deixam levar por vaidades e seguem apenas no ritmo que lhes é peculiar, que lhes parece mais adequado e condizente com o ambiente e as pessoas com quem estão a conviver.
Para alcançar seus objetivos os buscadores do topo não se constrangem em usar de todo tipo de recurso que estiver ao seu alcance, ignorando o trajeto que o outro está a fazer e impondo a condição de Ser especial que acreditam ter, para atropelar quem lhes impede o avanço.
O que pretendem encontrar quando chegar ao ponto mais alto?
Primeiramente podemos garantir que não há um topo máximo, um lugar ideal aonde podem se considerar os maiores e melhores, pois a jornada é feita de subidas e descidas, de caminho sem entraves e de trechos cheios de contratempos e armadilhas, de períodos de facilidades e outros de dificuldades, portanto, ansiar pela melhor colocação não garante o lugar primeiro entre os sábios, os escolhidos, os eleitos, isto não é para o estágio em que se encontram.
Já vimos em muitos momentos um simples e humilde buscador, que não almeja o topo do poder, mas apenas cumprir suas tarefas com dignidade e respeito pelo outro, ser o escolhido para fazer-se respeitável representante de qualquer situação ou agrupamento.
Nada temos contra os que almejam a altura máxima que, em verdade é inexistente, pois tão logo atinge um ponto alto, começará o processo de descida para enfrentar outro desafio de elevação, portanto sigam ambicionando o máximo, apenas tenham em mente que sempre haverá algo mais a buscar, o processo em que se encontram não tem fim na materialidade física, uma vez que vencido um obstáculo, outro surgirá desafiando-os ao crescimento constante à busca de um melhor posicionar-se frente ao que a sociedade espera de cada um e, principalmente o que o Plano Maior espera que cumpra aquilo a que se comprometeu.
Queremos lembrar, também, que fundamental em qualquer momento é o que os está a impulsionar, o que os motiva a um determinado modo de agir.
Enganos podem ser cometidos e avalizados conforme a motivação que os levou a esta ou àquela atitude, porém, quando detectado um impulso pouco positivo, gerado na ambição pura e desmedida, não há como ser aceito e entendido pelos que, no Plano Maior, tem a responsabilidade de analisar o agir de cada um e de orientá-los na caminhada que ora fazem.
Os méritos avaliados para considerar alguém apto a este ou aquele agir, são muito sutis e nem todos ao alcance dos que se consideram, na materialidade física, em condições de julgar.
Em verdade, ninguém está em situação de ser o determinador do agir, dentro de um espaço planejado pela espiritualidade, como esta Casa, a não ser os que por ela são os responsáveis Mentores e que sempre se fizeram presente dando suas orientações com equilíbrio e adequação à cada momento e situação, portanto, não se outorguem títulos, funções ou o que quer que seja, se não for encaminhado pelos que no Plano Maior ditam as normas de proceder visando o crescimento através da renovação íntima, para que se tornem melhores tarefeiros na acolhida de quem chega a esta Casa em busca de apoio, afeto e entendimento para o que está a vivenciar.
Chegar a um topo, nada significa para quem tem entendimento das Leis do Mestre.
Luz e Paz.
Amigos da Casa
Recebida pela Magali em 01/04/2011
Revisão: Clovis