Um alerta direto
A cada momento mais situações preocupantes se somam na vivência de cada dia das pessoas, levando-as a inquietações, angústias e sofrimentos.
Perturbadas, questionam o porquê de serem atingidas, negando-se a admitir que sejam merecedoras de tais infortúnios. Ressentem-se, desesperançam-se e perdem o pouco de fé que vinha lhes alimentando, dando-lhes esperanças que acabam por morrer.
Passam a conviver com a amargura, a inquietação, o vazio e perdem o interesse pela vida. Deprimem-se e chegam atentar contra a própria vida que perdeu o sentido, deixou de estimulá-la, matando sentimentos e fazendo-as amarguradas.
Isolam-se, fazem-se em abandono e se negam a cuidar de si, pois afastaram-se da luz e se deixaram envolver pelas sombras que não são a companhia ideal, pois as fazem desestimuladas, descrentes em relação a um possível amanhã.
Quantos chegam a Casa vivenciando esta situação na esperança de serem socorridos a renascerem, a se fazerem capacitados para enfrentar sua desdita, esperando ser confortados pela solidariedade de quem se propôs a servir amando e acaba desiludido, pois não encontra o que vem buscar: a solidariedade humana fraterna, nem mesmo a compaixão.
Ninguém tem tempo de fazer-se realmente disponível tão envolvido estão nos valores desta sociedade hipócrita que aí está, falsa nas suas propostas, mesquinha nas suas ações e atitudes, por ter se afastado das regras, das leis pregadas pelo amor e pela fraternidade.
Há muito tempo estamos tentando despertá-los, poucos são os que nos ouvem e reconhecem nossos cuidados para que não se desviem de seus compromissos de resgate e evolução.
Será necessário serem atingidos por situações mais penosas, sofridas, para que reflitam e modifiquem sua conduta, não se deixem contaminar pela indiferença, pelo pensar “não é minha a responsabilidade de aliviar as dificuldades de quem está no meu caminho, é um irmão no Pai, mas eu sou mais eu e preciso cuidar de mim, me proteger, realizar, me fazer feliz pelo meu esforço, pelas minhas vitórias frente às dificuldades do momento. Egoísta, nega-se a ver o que acontece ao seu redor e contenta-se a fazer a sua pequenina parte – cuidar de si –, esquecido de que, a qualquer momento, poderá ser chamado ao testemunho e aí perceberá o quanto se fez só e passará a conviver com suas carências, sem ter uma mão amiga que o assista e ampare.
Foi preciso este alerta direto, frio, pois tememos que se faça tarde demais para que despertem para a solidariedade, a fraternidade e a compaixão, a fim de que o Mundo se transforme em Mundo de Paz e Fraternidade, e a união irmane os homens de todas as latitudes.
Messias
Recebida pela Nydia, em São Leopoldo, em 03.08.2009.
Revisão: Clovis