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Vivenciando a dor

São tantos, tão diferentes em suas aparências e tão iguais em sua dor, que cometeram, alguns, o engano do apego a bens materiais, melhor dito, a um espaço para abrigá-los das intempéries e foi justamente uma situação ligada às perturbações do clima que os levou a vivenciar o que agora ocorre.

Todos tinham conhecimento dos riscos que corriam, mas isto não impediu a grande maioria de ficar exatamente onde estava, ignorando que colocavam seu bem mais precioso – sua existência humana – em perigo.

Fui ali colocado, dentro das condições que me foram permitidas, justamente para atuar no apoio e encaminhamento dos que, através de sua ingenuidade, descuido, apego ou qualquer outra justificativa que queiram usar, deixaram suas vestes físicas de modo tão doloroso.

Entendemos que os fatos dizem por si, no que se refere ao modo como estava estabelecido, seria feito o retorno à espiritualidade, isto, porém, não invalida a perspectiva de que cada um tinha seu desafio a enfrentar e – garantimos – para uns era justamente o deixar para trás o teto que os abrigava antes que o pior acontecesse e despojando-se do que não fosse estritamente necessário, partir para um recomeço.

Esta era uma das lições a ser apreendida e na qual foram reprovados.

O desespero dos que restaram aprisionados, ainda com vida física, foi insuportavelmente doloroso. Infelizmente não podíamos antecipar-lhes o último instante e o máximo que conseguimos fazer foi aportar serenidade e um mínimo de alívio.

Os demais que prontamente tiveram suas dinâmicas existências apagadas subitamente, ficaram sob o impacto da violência do que lhes ocorria, não tendo a mínima consciência de sua situação.

Infelizmente por mais que tentem imaginar o que ocorria não possuem condições para avaliar o que significou tanto para eles, quanto para nós, encarregados de apoiá-los não poder liberá-los da dor.

Para quem ali estava em tarefa de socorro espiritual foi e continua sendo, também um aprendizado.

Em muitos momentos tivemos que recorrer aos que possuem condições de ajuda, através de suas sensibilidades mediúnicas para nos auxiliar e entendemos que mesmo sendo difícil para alguns, ninguém se omitiu de nos dar suporte e assim estamos conseguindo – unidos – auxiliar estes Seres que ainda espantados, assustados, perdidos precisam ser encaminhados aos grupos de atendimento na espiritualidade.

Não se enganem imaginando que o pior já passou, pelo contrário, agora se inicia um processo de drenagem energética profunda e delicada para que eles possam ter condições de ascender ao Plano Maior o mais breve possível, deixando todo o peso de sua dor física e emocional para trás, acessando as experiências vividas na matéria quando para tal tiverem condições.

O grande aprendizado que todos precisam tirar, sejam os que sucumbiram fisicamente, sejam os que permanecem na matéria, traumatizados e vivenciando infinitas perdas, sejam os que prontamente se dispuseram ao socorro material e afetivo, sejam os que fazem parte dos grupos que estão a cuidar dos Seres que não conseguem se liberar do fardo da vida física é que TODOS precisam de TODOS e ninguém em momento algum está imune a nada.

Não esperem as situações extremas para se unirem em apoio mútuo, em troca de conhecimentos, em cuidados materiais e afetivos.

Tudo que aconteceu e acontece estava previsto e os que tinham “olhos para ver e ouvidos para ouvir”, os alertas que receberam, não se punam por pouco ou quase nada ter feito, mas façam desta lição a mais importante e significativa em seus futuros procedimentos.

TODOS são responsáveis, seja pela ação ou omissão.

Continuemos unidos trabalhando para estes Seres em sofrimento.

Estou com eles e preciso de vocês.

Alfeu

Recebida pela Magali em 19/01/2011

Revisão: Clovis